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domingo, 27 de março de 2011

Um post mágico: A história de Harry Houdini

O performer conhecido mundialmente como Harry Houdini nasceu dia 24 de Março de 1874 em Budapeste, e recebeu o nome de Ehrich Weiss. Apesar de clamar ter nascido em Appleton, Wisconsin, Houdini só veio para a América quando completo quatro anos de idade. Até os dias de hoje, muitas pessoas conectadas com a pequena cidade de Appleton insistem na inverdade de que Houdini nasceu lá, com a intenção única de atrair turistas. Esta claro, através de cópias de certidões de nascimento e registros familiares arquivados no Houdini Museum em Scranton, Pensylvania, na região do Pocono, que Houdini nasceu de fato em Budapeste, no dia 24 de Maio em 1874. Historiadores finalmente concordam com este fato. Anos mais tarde, em uma entrevista em uma revista Houdini fez o comentário que: "A maior fuga que eu já realizei foi quando abandonei Appleton, Wisconsin." O pai de Houdini era Samuel Weiss, e ele era um Rabino. E por um curto período de tempo ele foi rabino para a German Zoin Jewish Congregation em Appleton. Sua mãe se chamava Cecilia Steiner Weiss. Existem fotos da família de Houdini expostas no Houdini Museum em Scranton, Pensylvania, na região do Pocono. Seus pais falavam somente em Yiddish, Húngaro e Alemão. A família era muito humilde, por isso as crianças começaram a trabalhar desde cedo. Com a idade de 8 o jovem Ehrich Weiss (Erik Weisz) vendia jornais e trabalhava como engraxate. É interessante notar que quando vieram para o Estados Unidos houveram muitas mudanças nas grafias dos nomes para se ajustarem ao inglês. Com a idade de 12, o jovem Ehrich saiu de casa para se aventurar pelo mundo em uma tentativa de sustentar sua família. Este era um grande sinal de independência. Isso chega a contrariar aqueles que afirma que ele era obcecado pela mãe, apesar de amá-la muito.
Ehrich viajou através do país por aproximadamente um ano, sempre enviando dinheiro para casa sempre que podia. Finalmente ele se encontrou com seu pai em Nova Iorque. Seu pai morreria em cinco anos,
dia 5 de Outubro em 1892. A mudança para Nova Iorque iria mudar sua vida e apresentá-lo ao mundo das mágicas. Sua família se mudou para Nova Iorque na esperança de encontrar uma vida melhor lá. Houdini
trabalhava como mensageiro e cortador numa alfaiataria, Richter & Sons, uma fábrica de gravatas para ajudar a sustentar a família. Ele tinha um porte atlético e chegou a ganhar prêmios em natação e corrida. E mais tarde usaria esses talentos atléticos em seus números de artista de fugas.
Houdini começou suas performances como magico ainda adolescente, primeiro usando o nome de Eric o Grande. Sempre um leitor, e teve sua vida mudada por dois livros. Ele leu, enquanto um adolescente em Nova Iorque "Revelations of a Spirit Medium" por A. Medium, o qual mostrava os truques usados por charlatães psíquicos, que após terem sido amarrados se libertariam e secretamente fariam coisas fantasmagóricas acontecerem em um quarto escuro. O segundo livro foi "The Memoirs of Robert-Houdini", a autobiografia de um dos maiores mágicos da época. Influenciado pelo que leu e aprendeu sobre o internacionalmente conhecido mágico Robert Houdini, o jovem Ehrich mudou seu nome para Houdini, esperando de alguma forma ser como seu novo mentor.
Os primeiros shows de mágica de Houdini consistiam em truques com cartas e outros truques simples. Nessa época Houdini se denominava "O Rei das Cartas".
Não demorou muito e Houdini começou a se interessar por algemas, e começou as usá-las como parte de seus shows. Houdini se apresentava com outro jovem que trabalhava com ele na fábrica de gravatas em Nova Iorque. Eles se denominavam The Houdini Brothers. Após um tempo o irmão mais novo de Houdini, Theo, tomou o lugar do garoto da fábrica.
O pai de Houdini morreu quando Houdini era um adolescente. Junto com seu irmão Theo, ele tentaram sucesso como The Houdini Brothers. Suas  primeiras performances incluíam shows em parques de diversão, bares, feiras e na Chicago World’s Fair em 1893. Em 1894 Houdini conhece Wilhelmina Beatrice Rahner, que estava cantando e dançando como parte da Floral Sisters. Eles estavam trabalhando em Coney Island nessa época.
Após se conhecerem por apenas duas semanas eles se casaram no mês de julho. Bess, como era chamada, trabalhou e viajou com Houdini e o ajudou cantando, dançando e atuando na Metamorfose, um truque que Houdini inventou.
Bess tomou o lugar de Theo no show, que agora passaria a se chamar "The Houdini’s". Ele então viajou através dos Estados Unidos e então através do mundo pelos próximos 33 anos. Desnecessário dizer que
novamente ele deixa sua mãe para trás, provando sua independencia dela, ainda que a amasse muito. Suas viagens iniciais o levaram à Pensylvania, onde o Houdini Museum está localizado hoje em dia, por duas temporadas com o Welch Brothers Circus, que cobria essa área em suas apresentações. Mais tarde ele retornaria à área de Scranton como uma grande estrela, e apresentaria novos desafios, nunca vistos antes.
Seu irmão Hardeen também se apresentaria nessa área. Houdini começou então a oferecer recompensas àqueles que obtivessem sucesso em prendê-lo, primeiro com algemas e mais tarde com um grande número de objetos. Houdini escapava de algemas, camisas de força, celas de cadeia, uma bolsa do correio, caixas de madeira, um saco de papel gigante (sem nunca rasgar o papel), uma bola de futebol americano gigante, uma panela de pressão, latas de leite, caixões e da famosa cela de tortura chinesa. Na maioria das fugas, após exames posteriores, nunca foi encontrado traço de como Houdini executou a fuga, e isso adicionava glamour ao milagre. Algumas das fugas de Houdini, como a da camisa de força ou ser amarrado com 3 metros de corda, eram apresentadas em plena vista da platéia. Para ajudar a atrair público e vender ingressos, Houdini fazia desafios, normalmente escapando de delegacias de polícia, com a presença de repórteres, para garantir a propaganda.
Martin Beck, um dos mais importantes impresários de Vaudeville, assistiu a um show de Houdini em 1899 e ficou impressionado com a sua personalidade dinâmica e bancou ele como um "artista de fugas", uma nova forma de entretenimento. Martin Beck bancou o circuito Orpheum, a maior cadeia de teatros vaudeville na pais, e que bancava todas as estrelas vaudeville. Ele possuía um olho treinado para o talento, e imediatamente colocou Houdini nos teatros como segundo ato. Houdini então começou a ser a atração principal em vários teatros através do país. Houdini tento inventado uma nova forma de entretenimento, "O
Artista de Fugas" em breve se tornaria uma estrela internacional.
Após algum sucesso nos Estados Unidos, Houdini decide ir para a Europa no ano de 1900, seguindo o conselho de um amigo, o maior mágico de moedas de todos os tempos, T. Nelson Downs. Houdini é uma grande sensação em Londres, Inglaterra, e parte em uma viagem através de toda a Europa por cinco anos como atração principal. Houdini teve tanto trabalho na Europa que ele chamou seu irmão Theo para trabalhar lá sob o nome de Hardeen.
Houdini retornou aos Estados Unidos, determinado a se tornar uma estrela ainda maior no pais que tanto amava. Ele então dividia seu tempo entre os EUA e a Europa, indo onde conseguisse obter as maiores
ofertas. Em uma de suas viagens pelos EUA ele comprou um prédio em Nova Iorque na 113th Street, que se tornaria sua residência para o resto da vida. Quando imitadores de Houdini começaram a surgir, se
aproveitando do sucesso dele, Houdini começou a criar novas e mais complicadas e perigosas fugas. Houdini inventou a caixa submersa que posteriormente foi copiada por inúmeros artistas. Ele também foi o
primeiro a se livrar de uma camisa de força também. E introduziu pela primeira vez a fuga da lata de leite em St. Louis em 27 de Janeiro de 1908.
Ele foi um dos aviadores pioneiros, um fato não muito conhecido, e foi a primeira pessoa a registrar um vôo em um avião na Austrália. Um feito que ficou registrado no Digger’s Rest em 1910. Alguns clamam que
ele foi um dos 17 aviadores que quebraram o recorde do dia. Após essa série de vôos ele nunca mais voaria. Em 1913 ele apresentou sua lendária câmara de tortura chinesa.
Esse foi o mesmo ano da morte de sua mãe, o que se tornou um grande choque para Houdini. Ele estava na Europa nesse tempo e sua família não lhe contou da doença que sua mãe estava sofrendo. Ele foi também o
primeiro a fazer o maior desaparecimento em palco até aquele dia, fazendo o maior objeto conhecido naqueles tempos - um elefante - desaparecer. Isso foi feito em 1918 no Hippodrome em Nova Iorque. De
acordo com Houdini a Eloá Jenny, pesava 10,000 libras. Houdini era muito criativo e introduziu e inventou muitos truques mágicos que estão à mostra no Houdini Museum. Após suas fugas submersas, Houdini se escondia debaixo das docas, fazendo as pessoas acharem que ele havia se afogado. No momento oportuno Houdini fazia seu reaparecimento. Possuidor de grande força e agilidade, Houdini passava muitas horas estudando, praticando e se condicionando. Para seus truques subaquáticos Houdini praticava prender o fôlego em uma banheira por até quatro minutos. Ele também ficava em um caixão submerso por mais de uma hora.
Em 1916 Houdini começou sua carreira cinematográfica. Isso deu a pessoas no mundo todo a chance de ver o grande mestre das fugas. Houdini participou de cinco grandes filmes mudos até o ano de 1923. Ele é o único mágico da história que estrelou em cinco filmes. Ele também escreveu muitos deles. Seus filmes incluíram "The Master Mystery", "The Grim Game", "Terror Island" e "The Man From Beyond". Houdini recebeu uma das primeiras estrelas na Calçada da Fama de Hollywood por suas contribuições para a indústria cinematográfica. A estrela tem um lugar privilegiado em frente ao famoso Teatro Chinês. Durante sua carreira Houdini expôs trapaceiros e fraudes nas áreas de jogatina, espiritualismo e paranormalidade. Ele nunca acreditou em espiritualismo, mas freqüentemente fingia o contrário para ganhar acesso a sessões espíritas, etc... Durante o inicio de sua carreira ele tentou realizar um ato espiritual, mas achou isso de tão mal gosto que desistiu da idéia e passou o resto de sua vida desmascarando os que se utilizavam de tais recursos.
Houdini chegou a escrever vários livros e artigos durante sua vida. Eles incluíram "The Right Way To Do Wrong", um ensaio sobre trapaceiros, "A Magician Among The Spirits", um livro sobre fraudes psíquicas e "The Unmasking of Robert-Houdini", que até aqueles dias foi o maior livro na história da mágica.
Em 22 de Outubro de 1926 Houdini estava se apresentando em Montreal no Pincess Theather. Ele também apresentou uma palestra sobre expor o espiritualismo na McGill University. Em seu camarim, enquanto descansando em um sofá, recebeu a visita de um jovem atleta que perguntou se Houdini poderia de fato agüentar murros no estômago, como ele havia ouvido falar. Antes que Houdini pudesse se preparar retesando os músculos do estômago, o aluno começou a esmurrar o legendário mágico. Houdini não sabia, mas seu apêndice estava rompido. Ele fez mas alguns shows em Montreal e então se dirigiu para Detroit.
Após sua primeira performance lá Houdini entrou em colapso e foi levado para o hospital. Ele não morreu tentando escapar de algum lugar como muitos acreditam. O grande "caça-fantasmas" morreu dia 31 de
Outubro, em 1926, na noite de dia das bruxas de peritonite. Houdini amava seus companheiros mágicos, e promovia a mágica e a Society of American Magicians por todo o mundo. Houdini foi o presidente da
Associação por dez anos até o dia de sua morte. Ele também deixou uma grande quantia de dinheiro para a Sociedade. Houdini sempre clamou que todos seus truques e fugas era realizados por meios naturais, e que ele não possuía poderes supernaturais de nenhum tipo. Um de seus últimos truques era a fuga de um caixão após ter sido enterrado vivo, um ato que ele fez algumas vezes. E por uns 26 anos Houdini foi uma grande atração. Houdini não só mereceu seu lugar na história como também no dicionário.

- Houdini (hu:’dimI) n. Harry, real name Ehrich Weiss. 1874-1926, U.S. magician and escapologist.

Fonte: www.sobrenatural.org/

Veja aqui uma imagem de Harry Houdini by Youtube:

domingo, 20 de março de 2011

O Marquês de Sade! Uma história bem explicita!

Não deixe se enganar!
Por trás desse nobre não havia
muita nobreza!
Donatien Alphonse François de Sade, mais conhecido como Marquês de Sade (Paris, 2 de junho de 1740; Saint-Maurice, 2 de dezembro de 1814) foi um aristocrata francês e escritor marcado pela pornografia violenta e pelo desprezo dos valores religiosos e morais. Muitas das suas obras foram escritas enquanto estava na prisão, encarcerado por causa de seus escritos e de seu comportamento. De seu nome surge o termo médico sadismo, que define a perversão sexual de ter prazer na dor física ou moral do parceiro ou parceiros. Foi perseguido tanto pela monarquia (Ancien Régime) como pelos revolucionários vitoriosos de 1789 e depois por Napoleão.
Além de escritor e dramaturgo, foi também filósofo de idéias originais, baseadas no materialismo do século das luzes e dos enciclopedistas. Era adepto do ateísmo e obcecado por fazer apologia do crime e afrontas à religião dominante. Em seu romance Os 120 Dias de Sodoma, por exemplo, nobres devassos abusam de crianças raptadas encerrados num castelo de luxo, num clima de crescente violência, com coprofagia, mutilações e assassinatos — verdadeiro mergulho nos infernos, sem nenhuma concessão ao bom gosto.
Além de patrono do surrealismo, Sade é considerado um dos pioneiros da revolução sexual, com suas idéias libertárias e permissivas, e um dos primeiros a ter uma visão moderna da homossexualidade, pois defende a existência de diferentes orientações sexuais para a humanidade. Em Os 120 Dias de Sodoma, chega a satirizar o predomínio do pensamento heterossexual e a milenar condenação à morte de comportamentos considerados desviantes: no romance, ele inverte a situação e dessa vez humilha a heterossexualidade, que é punida com a morte pelas regras libertinas do castelo em que se realizam as excrementosas, sangrentas e incestuosas orgias, regadas a homossexualidade e sodomia.

A obra de Sade, constantemente proibida, serviu de base para a Psychopathia sexualis de Kraft-Ebing, que classificou as parafilias e incluiu nelas o sadismo, conceito que também seria muito importante para Freud e seus seguidores, como Melanie Klein, em cuja obra o termo sadismo costuma ser exaustivamente repetido.


Analisando Sade, o Marquês “Maldito”

Olha o trenzinho!!!
Hoje em dia já não é novidade as atrocidades da Igreja e seus bárbaros crimes sexuais, envolvendo crianças, estupros e sexo de toda sorte, inclusive recentemente jornalistas italianos descobriram documentos que provam que esses crimes sexuais são praticados em todas as igrejas romanas do planeta e, pasmem, acharam até um manual escrito por um então bispo, orientando como se livrar das vítimas sexuais e transferir os padres das paróquias. Este bispo é nada mais nada menos que o atual Papa.
Na época, Sade apenas se despia de hipocrisia e jogava a “M” no ventilador. Era uma sociedade aristocrática e patética, avessa às novidades da arte, e a Igreja não poderia ser tocada nem prejudicada. Por ser escritor inteligente, de imensa criatividade, mergulhou fundo no surrealismo, sendo reconhecido mais tarde como escritor moderno, de visão contemporânea. Sua obra é maldita, dado ao descaramento e coragem com que abordava temas tão melindrosos. Talvez, e só talvez, tivesse Sade sido ouvido um pouco mais, e respeitado como artista e filósofo, crimes teriam sido refreados, evitando assim, quem sabe esta atual onda de pedofilia, homofobia, etc, que assola o séc. XXI.
E o povo, sempre o povo é quem sofre… Aos domingos, ao tomarem a óstea, sem nada saber. Oxalá um dia Deus possa explicar.
Fonte: http://www.lendo.org/

Lucifer: O anjo expulso do céu!

Lúcifer O seu nome em hebraico, (הילל בן שחר) significa «estrela da manha», ou «estrela da alvorada», ou «luz da alvorada», estando todas estas expressões associadas ao planeta vénus que antes da alvorada, aparece como a primeira fonte de luz do dia que esta para nascer. Lúcifer é também o mais belo, sábio e poderoso ser criado por Deus, um anjo , ( um querubim), caído cujo o exílio do reino de Deus se deveu á sua tentativa de usurpar o trono do seu pai e ser igual a Deus. Lucifer foi feito a partir do fogo no primeiro dia da criação, é possuidor de doze asas brancas de invulgar envergadura e é o primeiro filho de Deus.
Quando ainda não existiam definições de tempo, onde a luz se fazia continua e o absolutismo incontestável, tudo estava sob seu controle e nada fugia de seu conhecimento. Ainda sim sendo o único, mostrou o primeiro relato de sua força colossal criando seres perfeitos, atribuindo funções no quais todas elas exibiam o mesmo resultado, glorificar sua existência.
Tais seres hoje denominados simploriamente como anjos, eram dotados de raciocínio e independência, diante do seu criador manifestavam sua fidelidade e servidão inabalável, já que nenhuma outra opção existia.
Deus então, atribui a um deste seres o extremo do poder que foi outorgado alem de outra criatura criada, a este ser, foi dado o livre arbítrio, diferentemente dos de mais anjos, onde suas escolha era limitada as sua atribuições, este ser foi denominado como Lúcifer, a segunda criatura mais poderosa, a ele todos os outros anjos era subordinado, e Lúcifer encarregado de reger os outros anjos a louvar a Deus.
Lúcifer então observando atentamente viu toda a estrutura hierárquica entre os seres, viu também sua soberania entre os seres, havendo somente um maior que ele, o próprio Deus, Lúcifer de tão belo e perfeito encheu seu coração de adorador de orgulho, ao invés de gratidão a Deus por aquilo que era.
As circunstancias que cercavam Lúcifer, o convenceu que ele merecia muito mais do que a sua posição, ele desejou estar a altura de Deus, e com ele compartilhar o louvor dos anjos. Lúcifer então notara outra possibilidade bem mais alucinante, ser o único, ser o supremo e de alguma forma depor Deus de sua posição, creu ainda Lúcifer que se persuadir se todas a legiões de seres que ele era o tão dominador como Deus conseguiria sua posição almejada.
Lúcifer então aproveitando de sua influencia e persuadiu todos os anjos a formarem um grande exercito e lutar por sua soberania, como dito acima , os anjos após este intento de Lúcifer conheceram então duas alternativas, realizando assim cada um sua escolha. Porem algo para Lúcifer não era esperado, a recusa da metade dos seres de seguir seus planos havendo assim o primeiro conflito de opiniões. Mais uma vez a unidade de cada ser provou que havendo duas alternativas, cada um seguira como melhor agradar o coração.
Lucifer é lançado dos céus
Lúcifer vendo então a situação declarou sua soberania sobre tudo e seguiu rumo ao altíssimo para bani-lo de sua posição. Os seres manifestaram suas concepções declarando guerra entre eles e defenderiam a qualquer custo seus ideais. Assim então começou a primeira batalha entre os seres, Lúcifer imbatível destacava-se desta maneira alçou em direção a Deus, Deus observando tal viu abalada toda a estrutura hierárquica, aplicando então a Gabriel autoridade parar vencer a Lúcifer, já que demonstrava tamanho empenho na batalha. Gabriel após ser revestido de autoridade e poder para pelejar com Lúcifer, foi ao seu encontro e rapidamente o derrotou , causando automaticamente a derrota de todos os seres que os seguiam, derrotado, Lúcifer foi apresentado diante de Deus.
Foi então que Lúcifer percebeu a sua insignificância diante de Deus, que não fora necessário sequer o próprio Deus erguer-se contra ele, somente sua ordem foi necessária para sua derrota e humilhação diante dos outros seres, foi banido junto com seus anjos, que declararam fidelidade a ele. Lúcifer então foi expulso juntamente com seus anjos ( cerca de 1/3 dos anjos dos céus), sua expulsão não foi aleatória, como já não havia mais lugares para lança-lo ele foi lançado em um plano onde Deus planejava uma de suas maravilhas, este plano onde foi lançado, é chamado de plano físico, sua passagem de um plano para outro rendeu-lhe um corpo físico, segundo a sua grandeza concedida anteriormente, não somente a ele, mais a todos os que com ele estava, Lúcifer então foi atraído em direção a um elemento fisico de proporções gigantescas, o impacto dele e seus anjos causaram uma grande explosão, destruindo o grande elemento, não sobrando muito daquele elemento, até então desconhecido. Obviamente Lúcifer perdeu seu corpo restando apenas sua essência apos o impacto, retornado a algo similar ao seu antigo estado.
No plano espiritual, já não havia mais gloria destinadas a Deus, somente um profundo silencio que abatia a todas as criaturas que defenderam seu então Deus. Vendo Deus o resultado final da atitude de Lúcifer, foi até o plano físico, decidiu então recriar tudo àquilo que fora destruído por sua queda. Como ainda não havia tempo é impossível afirma com exatidão quando tempo levou para que Deus forma-se toda a estrutura galáctica. Deus então começou um trabalho minucioso, que regeria cada acontecimento na terra, a leis da física então fora empregada, tudo com muita perfeição, cada elemento complementava o outro, os planetas então vieram a executar movimentos contínuos, gerando um auto equilíbrio , Deus satisfeito de tudo quanto fez até ali, planejada-mente e de acordo com suas leis que fundamentariam toda vida na Terra.
Deste principio, fora assim, tudo em sua ordem, cada principio estabelecido e suas seqüências e conseqüências e sua inviolabilidade fazem deste planeta um organismo vivo e único. Após todo este trabalho, toda a Terra estava pronta, espécies segundo o seu habitat, foram em seu tempo se transformando, afinal quando se tem a eternidade como companheira em nada se tem presa.
Então Deus após todas estas maravilhas ter feito, maneou a terra molhada e criou ali um projeto, um ser, que seria soberano entre os tempo e tudo domina-se, e deu-lhe um corpo e do profundo da sua existência assoprou neste projeto dando-lhe vida, um ser especial agraciado com os atributos do livre arbítrio, e além disso Deus lhe deu cada um a unidade de si, ou melhor, cada um seria único, como o seu criador, deu-lhe também sentimentos para que pudesse neles expressar, os seus corpos muito complexos externavam a perfeição e o carinho no seu desenvolvimento, sua capacidade de raciocino e aprendizagem inesgotável fez do ser humano a obra prima da criação de Deus.
Tudo aquilo despertou em Lúcifer inveja, além de ser atribuído ao homem todo plano físico e espiritual, o relacionamento entre Deus e o homem se tornou algo bastante intimo e inquestionável, o equilíbrio dos planos e suas respectivas leis unificou o plano espiritual e o físico, o homem tinha acesso a Deus, face a face.
O projeto inicial era de uma civilização independente e organizada, onde cada individuo teria atribuições dentro desta sociedade, a meta desta sociedade era alcançar a perfeição dentro de suas limitações impostas pelas leis atribuídas ao mundo físico pelo próprio Deus.
O maior diferencial daquela época era a regeneração celular dos seres, a morte de células era algo raro, em seu tempo sofriam morte celular sim, porem a regeneração desta célula ocorria como uma mutação, a nova célula constituía mais forte que a sua antecessora, dando aos indivíduos vida eterna e pleno gozo de sua existência. Porém antes que o primeiro homem e a primeira mulher constituíssem o seu primogênito, Deus em virtude dos acontecimentos com Lúcifer e sua extrema justiça, optou por colocar no mundo físico uma arvore frutífera e esta arvore seria de propriedade sua, intocável, inviolável, nesta arvore frutífera continha substancias capazes de modificar toda a estrutura do corpo humano, e o principal, afetar diretamente a regeneração celular do homem, isso explicaria a morte após seu consumo.
Quando Deus concluiu o termino desta arvore no plano físico, chamou somente o homem, e o explicou a particularidade daquela arvore e seu fruto dando a ele a opção de escolha assim como Lúcifer fez. O homem ciente de tal coisa manteve sua posição de abster do fruto da arvore. Lúcifer então viu sua chance de causar o caos na criação, e sagaz mente foi ate a mulher, e persuadiu para que ela toca se na arvore e come-se do fruto, a mulher então comeu do fruto, porém nada o correu com ela já que a ordem em si foi para um só ser ,o homem ,ela estaria imune, já que era inocente do ato.
Neste momento Lúcifer ganha um novo nome qualificado por ser opositor de Deus, visto que a única forma de atingir Deus era atingindo o homem, então fora chamado de Satanás, o opositor. Mesmo inocente de sua atitude a mulher vendo que nada lhe aconteceu ao consumir o fruto, ofereceu ao homem, o homem ciente do fruto que era, e das possíveis conseqüências de suas atitudes, comeu do fruto.
Satanás conseguiu seu intento, o homem desrespeitou aquilo que pertencia a Deus e consumiu mesmo após ser advertido, assim como satanás o homem foi apresentado a Deus, mas para que? Fica claro na historia que Deus questiona seu comportamento diferencial após o consumo do fruto, o homem ciente do seu erro, acusa levianamente sua esposa, a esposa acusa a Satanás e Satanás nada diz. Em nenhum momento o homem ou sua mulher reconhece o seu erro, ou arrependimento, era o que Deus esperava do homem, mais ao invés disso, ninguém se arrependeu, Deus então criou a separação do mundo espiritual e o mundo físico, onde nunca mais o homem poderia ter acesso a Deus de um modo tão intimo quando tinha antes.
Satanás não ficou satisfeito com o resultado final de seu plano, pois Deus ainda mantinha um grande amor para com o homem. Satanás então novamente investiu contra o homem, desta vezes o homem estava mais suscetível a qualquer de suas investidas.
Algumas tradições místicas hebraicas afirmam que Caim é filho de Lúcifer e não de Adão, fato pelo qual Deus desgostava dele e o rejeitou, conduzindo-o ao homicídio de Abel. Afirmam também certas tradições místicas que foi contra Lúcifer que Jacob lutou, pois Lúcifer era o anjo guardião de Caim e confrontou Jacob, desejando vingar-se do seu protegido. Lúcifer pode facultar sabedoria sobre todos os mais profundos segredos místicos e do oculto, assim como pode conceder um dos 6 dons das trevas.Lucifer é também pai de Mammon, e possui 5 consortes, sendo que Lilith é a sua imperatriz.

Fontes: http://temploespirita.no.comunidades.net/
http://recantodasletras.uol.com.br/cartas/983562

domingo, 13 de março de 2011

Ieyasu Tokugawa, o destemido senhor da guerra

Ele foi o primeiro, em séculos, a fazer jus ao título de xogum. Eliminou os inimigos, submeteu o país todo à sua vontade e inaugurou uma dinastia que governou o Japão por 265 anos

Ieyasu Tokugawa
De cada lado do desfiladeiro há mais de 80 mil homens. Alguns enchem seus mosquetes com pólvora e chumbo, outros desatam suas longas espadas da cintura. Todos vestem armaduras parecidas e apenas pedaços de papel colorido amarrados na bainha da espada ou da roupa os diferenciam em meio ao forte nevoeiro que desce com o nascer do dia. Com um sinal de sua bandeira, o velho senhor da guerra Ieyasu Tokugawa sinaliza a seus homens que é hora de derramar o sangue daqueles que o desafiaram. A mais decisiva das batalhas travadas em solo japonês, enfim, começa.
Era 21 de outubro de 1600, o dia em que um Japão unificado começou a emergir. A batalha de Sekigahara, que causou mais de 30 mil mortes, pôs fim às disputas entre senhores feudais. A partir dali, todos obedeceriam a um só líder: o xogum Tokugawa, o mais poderoso de todos os detentores do título até então.
Desde o século 12, o único poder reconhecido na maior parte do Japão era exercido por uma espécie de governo militar, o bakufu. O líder máximo desse sistema era o xogum, um título equivalente ao de um generalíssimo, ou seja o supremo comandante. Seu poder advinha diretamente da força de seu exército e da capacidade que ele tinha de manter a paz ou de promover a guerra com os feudos descontentes. Nessa época, o imperador era uma figura eminentemente simbólica e exercia apenas um papel religioso. Segundo a religião xintoísta, ele era o próprio deus na terra, mas, na prática, ele não apitava nada na vida política ou militar do Japão.
Quem detinha o poder de fato eram os daimiôs, que controlavam grandes propriedades de terra e, com isso, a vida econômica e social de camponeses que compunham a maioria da população japonesa. Com o tempo, o posto de xogum, que era ratificado pelo próprio imperador, também se transformou num título apenas simbólico, já os daimiôs que não contavam com a proteção do imperador e do xogum, acabavam criando seu próprio exército e nomeando seu próprio general. “Sem autoridade central, o país formado por mais de 250 superfeudos era palco de lutas encarniçadas entre os clãs”, diz Henry Smith, professor de história do Japão da Universidade de Colúmbia, nos Estados Unidos. “A partir do século 14, a disputa pelo poder se tornou ainda mais intensa, e o país mergulhou em uma guerra civil sem precedentes.”

Pais da pátria
A instabilidade durou quase 200 anos, com a alternância de xoguns no poder. A coisa começou a mudar em 1560, quando o general Oda Nobunaga desafiou o poder do xogum Imagawa Yoshimoto. Para apoiar Nobunaga vários daimiôs enviaram seus samurais – guerreiros que atuavam como guarda-costas e eventual tropa de choque dos donos de terra. Entre os novos aliados de Nobunaga estava o jovem Ieyasu. Filho de um pequeno daimiô, ele passara boa parte de sua infância como refém de Yoshimoto. A prática, comum na época, era uma forma do xogum garantir a lealdade dos daimiôs. Afinal, quem se metesse a besta estaria condenando o próprio filho. Com a morte daquele que o mantinha preso, Ieyasu se juntou ao mais temido exército de samurais da época.
As traições eram tão comuns quanto as demonstrações de lealdade eram radicais. Nobunaga exigiu que Ieyasu ordenasse a morte da própria esposa e seu filho mais velho, suspeitos de conspirarem contra seu clã. Segundo Robert Ooms, historiador da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, Estados Unidos, Ieyasu não teve dúvidas, ou pelo menos não as demonstrou. Ele cumpriu as ordens, manteve a confiança do líder e tornou-se um de seus comandantes mais próximos.

A grande batalha de Sekigahara
Em 1566, tanta dedicação foi recompensada e Ieyasu recebeu terras e se tornou um poderoso daimiô. “Nessa época, adotou o nome Tokugawa, o que significa que ele estava fundando um novo clã, uma honra reservada a poucos”, diz o professor Luke Roberts, do departamento de história da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara, Estados Unidos. Para Robert Ooms, Oda Nobunaga foi o primeiro dos xoguns a desejar a unificação do poder no Japão. “Com a chegada de estrangeiros – portugueses em 1543 – e em seguida holandeses e ingleses, e o desenvolvimento do comércio, passou a ser interessante a existência de um poder central.” Em 15 anos, Nobunaga conquistou metade do país, mas não teve tempo de concluir o que começou. Atingido durante uma rebelião, ele preferiu cometer suicídio a morrer vítima de um ferimento causado pelo inimigo. “Segundo o código de honra da época, a morte auto-infligida era muito mais nobre”, afirma Ooms.
Nada como a sucessão de um líder morto para dividir antigos aliados. Depois de uma série de batalhas, Toyotomi Hideyoshi, um dos samurais de Nobunaga ascendeu ao poder, e Ieyasu passou a ser visto como um opositor. E, como de praxe, tudo acabou num sangrento combate. “Não está claro quem tomou a iniciativa. Se Ieyasu tentava tomar o poder, ou se Hideyoshi visava eliminar um possível concorrente”, afirma Ooms. O certo é que Ieyasu foi derrotado, jurou fidelidade a Hideyoshi e enviou a ele um de seus filhos como garantia. Em seguida, Hideyoshi enviou Ieyasu para Kanto, uma região recém-conquistada ao norte. O líder Tokugawa partiu com mala e cuia e centenas de vassalos em direção a Edo, um vilarejo que, mais tarde, ganharia o nome de Tóquio.
Seguidor dos planos de unificação de Nobunaga, Hideyoshi é considerado por alguns especialistas como o primeiro a exercer o poder central no Japão. Além disso, ele foi o pai das iniciativas imperialistas do país. “Livre de inimigos internos, Hideyoshi queria atravessar o sudeste da Ásia, conquistar a China e ir até a Índia e a Pérsia”, afirma o historiador George Sansom, no clássico A History of Japan (inédito em português). Em duas tentativas de guerrear fora de seu território, em 1592 e 1597, no entanto, suas tropas não conseguiram ir além da Coréia. Decepcionado, o todo poderoso líder samurai morreu no mesmo ano da segunda expedição.
Mas antes disso ele havia feito seus comandantes jurarem fidelidade ao filho, o pequeno Hideyori. Após a morte do líder formou-se um comitê de regentes para governar até que Hideyori crescesse. Um deles, no entanto, não pretendia esperar: Ieyasu Tokugawa.

Sekigahara
Vestimenta dos samurais Tokugawa
Desde a morte de Hideyoshi, dois grupos se enfrentaram numa delicada disputa pelo poder. Se o cenário parece conhecido é porque o conflito entre os Tokugawa e os Toyotomi serviu de inspiração para o escritor James Clavell criar o romance Shogun, que fez tremendo sucesso na década de 1980.
Ieyasu Tokugawa era o lado mais fraco nesse confronto. Ele contava com o apoio de alguns daimiôs, mas sabia que eles eram pessoas conservadoras e que tendiam a apoiar o herdeiro legítimo e, portanto, desconfiava da lealdade da maioria. Enquanto isso, seu rival, Mitsunari Ishida, tinha o apoio de um número maior de daimiôs e o peso da autoridade dos Toyotomi.
Em agosto, manobras e intrigas chegaram ao fim. Kagekatsu Uyesugi, membro do Conselho de Regentes e partidário dos Toyotomi, reuniu um exército de 60 mil homens e partiu para enfrentar Tokugawa. Ao mesmo tempo, Ishida entrou em ação e armou um exército de samurais com o objetivo de cercar Tokugawa em Edo.
A derrota parecia inevitável. Mas Ieyasu tinha seus próprios planos. Embora a maior parte de seu exército permanecesse reunida em Edo, ele havia se instalado, junto com um grupo de samurais experientes, numa fortaleza em Fushimi, situada entre Edo e o inimigo que avançava. “A resistência em Fushimi visava retardar o inevitável”, diz Roberts. “Tokugawa sabia que logo teria de enfrentar Ishida e os demais regentes, mas o que ele queria é que a batalha ocorresse em algum local do distrito de Kinki, uma região repleta de altas montanhas, florestas e pequenas vilas controladas por daimiôs independentes.”
A estratégia era arriscada e para lá de ousada. Em Kinki viviam os grupos de shinobi-nin – terroristas, espiões e mercenários, também chamados de ninjas, cuja habilidade nas artes marciais já naquele tempo se tornara lendária. Tokugawa sabia que, embora fossem poucos e difíceis de atrair, valia a pena arriscar. Para convencê-los a lutar, ele tinha um trunfo. Entre seus comandantes estava Munenori Yagyu, cujo pai era um dos daimiôs mais influentes da região de Kinki. Tokugawa convocou-o a interceder junto ao pai para que esse pedisse o apoio dos ninjas. A missão diplomática do jovem oficial foi definitiva para a história do Japão.
O primeiro indício de que o jogo estava mudando em favor de Tokugawa foi o sucesso da resistência em Fushimi. Reforçado pelos ninjas de Kinki, os samurais de Tokugawa retiveram Ishida por semanas. Quando ele finalmente tomou o castelo e partiu para o cerco a Tokugawa, já era tarde demais. As tropas de Uyesugi haviam se desmobilizado. “Acredito que houve negociações entre Ieyasu e Uyesugi, para que este não se unisse a Ishida, o que foi definitivo para o resultado da batalha que se seguiria”, afirma Ooms. Ishida apressou o passo e levou seu exército para a entrada de um vale em forma de “U”, onde se reuniu com outros aliados. Embora suas forças agora estivessem em minoria – 90 mil soldados contra os 100 mil de Tokugawa – ele ainda tinha uma chance: esperaria que Tokugawa atacasse, para então cercá-lo e atacá-lo por ambos os lados.
Palácio de Nagoya - Construido no periodo
do Bushido Tokugawa
Na noite da véspera da grande batalha, choveu forte no vale de Sekigahara. Em suas barracas os samurais verificavam as armaduras, preocupados com a lama que deixaria cada movimento muito mais difícil. Pela manhã ainda garoava quando as tropas de Tokugawa marcharam em direção a Sekigahara, imersos num denso nevoeiro. Só se ouviam os passos na lama e o ranger das armaduras ensopadas.
A batalha começou quando os samurais de Ishida e Tokugawa deram de cara uns com os outros no meio do nevoeiro. “Sekigahara entrou para a história como uma batalha épica, mas para quem estava lá deve ter parecido apenas um grande tumulto”, diz Judy Price, do departamento de história da Ásia, da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos. Partes do mesmo exército se atacaram, algumas se perderam e outras nem chegaram a entrar em ação. Foi o caso de mosqueteiros, que, impedidos de recarregar seus rifles, por causa da pólvora úmida, fugiram ou se misturaram a lanceiros e espadachins, todos tentando se manter de pé, no meio de um campo de batalha que os cavalos haviam transformado num lamaçal.
Mesmo com toda confusão, ao espectador que pudesse ver a cena inteira, ainda pareceria que Ishida sairia vitorioso. Tokugawa havia reunido seus samurais na entrada do vale e Ishida tinha recuado, aguardando apenas que seu aliado Hideaki Kobayakawa atacasse o adversário pelas costas. Mas em vez de se lançar contra Tokugawa, Kobayakawa uniu-se a ele. No fim do dia, Ishida estava morto e sua tropa fugira.
A vitória levou Ieyasu Tokugawa ao poder. E antes que os corpos fossem retirados dos campos de Sekigahara seu destino como sei-i-tai shogum, o governante militar do país, já estava traçado. Ao contrário de seus antecessores, Ieyasu trabalhou rápido para consolidar seu poder. Apesar de ter transferido oficialmente o título de xogum para seu filho Hidetada, em 1605, o velho guerreiro ainda não iria descansar. Hideyori, o herdeiro de seu maior inimigo havia crescido e desafiava a continuidade de sua dinastia. Em 1614, Ieyasu liderou dois ataques à fortaleza de Osaka. No segundo, capturou Hideyori e obrigou-o a cometer suicídio. Disposto a eliminar qualquer oposição, Ieyasu Tokugawa cortou a cabeça do filho de Hideyori e do neto de Hideyoshi, uma criança de 4 anos.
Em 1616, Ieyasu morreu. Seu poder, no entanto, seria passado a seus descendentes, um a um, por 265 anos, num período conhecido como “Idade da Paz Ininterrupta”.

Texto de Isabelle Somma
Materia extraida na revista Aventuras da História. Ed Abril
Fonte: http://historia.abril.com.br/

Miyamoto Musashi - O mais famoso samurai de todos os tempos

Miyamoto Musashi (1584-1645), conhecido como o mais famoso Samurai de todos os tempos, viveu no Japão em um dos mais conturbados momentos de sua história. Nasceu em uma família samurai e desde a infância se dedicou ao aprimoramento por meio da arte da espada, o Kenjutsu. Através da experiência de combate aperfeiçoou seu próprio estilo, que chamou de Niten Ichi Ryu.
Em sua vida, Musashi Sensei, como é chamado pelos alunos de seu estilo, se defrontou com alguns dos mais hábeis guerreiros de sua época. No total foram mais de 60 embates. Nunca foi derrotado, duelo após duelo, oponente após oponente, foi aperfeiçoando seu estilo, famoso pelo uso de duas espadas simultaneamente.
Conhecido como Kensei, o Santo da Espada, Musashi dedicou sua vida a alcançar a perfeição através da arte da espada. Lutou e venceu mais de 60 duelos de vida ou morte, e nunca foi derrotado. Travou contato com outras formas de arte, como pintura, escultura, caligrafia e poesia, além da meditação Zen e o Budismo. Deixou seu estilo de luta, um grande legado de obras de arte e o mais importante tratado de estratégia do Japão, O Livro dos Cinco Anéis (Gorin no Sho).


Infância e Juventude

Musashi Sensei, ou Shinmen Musashi-no-Kami Fujiwara no Genshin, como se apresenta na introdução de O Livro dos Cinco Anéis, nasceu na província de Harima durante um dos mais conturbados períodos da história do Japão, quando aconteceram as últimas grandes batalhas da época dos Samurais.
Na época, era comum no Japão uma mesma pessoa mudar seu nome em diferentes fases da vida. Na infância, Musashi Sensei era chamado de Shinmen Bennosuke. Acredita-se que recebeu as primeiras instruções de Kenjutsu de seu pai, Shinmen Hirata Munisai. Como relata em O Livro dos Cinco Anéis, seu primeiro duelo aconteceu quando tinha apenas 13 anos. Aos 16 anos venceu outro guerreiro habilidoso, chamado Tadashima Akiyama.

A batalha de Sekigahara e os duelos em Kyoto
Em 1600, aconteceu a batalha de Sekigahara que definiu os rumos do Japão pelos próximos três séculos. Foi a partir desta batalha que Tokugawa Ieyasu ascendeu ao poder, tornando-se shogun, e teve início o período Edo (1603-1868). Nos caóticos primeiros anos do Período Edo, Musashi Sensei viveu sua juventude. Acredita-se que na batalha de Sekigahara lutou no lado derrotado como um partidário de Ukita Hideie. Mesmo assim, conseguir sobreviver ao confronto e à posterior caça aos derrotados.
Em 1604, aos 21 anos, Musashi Sensei ressurge em Kyoto e sua fama se espalha pelo Japão ao vencer três duelos contra a importante família Yoshioka que, décadas antes, tinha sido instrutora de Kenjutsu do antigo shogun Ashikaga. Foram três duelos. Nos dois primeiros enfrentou os chamados "irmãos kenpo", Seijuro e Denchijiro. Após vencê-los, os partidários dos Yoshioka já não viam mais Musashi Sensei como um oponente, mas como uma ameaça. Queriam vingança, e para isto armaram um terceiro embate contra Matashichiro, filho de Seijuro, um garoto de 13 anos. Matashichiro contaria com a ajuda dos demais alunos da escola. Relatos falam do embate de Musashi Sensei contra 60 oponentes armados com espadas, lanças, arco e flecha e até mosquetes. Musashi Sensei abateu Matashichiro e todos os alunos da academia Yoshioka que se colocaram em seu caminho. Este foi o fim da, uma vez orgulhosa, academia Yoshioka e o início da lenda de Miyamoto Musashi.

Peregrinação Guerreira
Nos anos seguintes, Musashi Sensei continuou viajando pelo Japão em Musha Shugyo, ou seja, peregrinação guerreira em busca de embates. Confrontou muitos desafiantes, principalmente depois que sua fama se espalhou pela vitória arrasadora sobre os Yoshioka. Dentre os duelos mais importantes desta época se destacam:
•Monges guerreiros do templo Hozoin, famosos por seu estilo de Sojutsu (ou Yarijutsu - técnica de luta com lança);
•Muso Gonnosuke, fundador do estilo de Jojutsu (técnica com bastão) Shindo Muso Ryu, também praticado no Instituto Niten. Gonnosuke criou o Jojutsu depois de perder o primeiro embate contra Musashi Sensei, como uma possível forma de vencê-lo. Existe um relato sobre uma possível segunda luta entre os dois, onde Gonnosuke teria empatado com Musashi Sensei, sem nenhum dos dois se declarando vencedor;
•Shishido Baiken, um especialista na kusarigama, a foice com corrente. É uma arma exótica e de uso difícil, que também é praticada em alguns dos estilos ensinados no Instituto Niten.

O Duelo contra Sasaki Kojiro
O mais famoso e importante duelo de Musashi Sensei aconteceu em 1612, quando enfrentou Sasaki Kojiro, fundador do estilo Ganryu e conhecido como um dos mais habilidosos samurais de todos os tempos.
Diferentemente de Musashi Sensei, que vinha desenvolvendo seu próprio estilo a partir de suas experiências de combate, Kojiro vinha de uma notória e famosa linhagem. Estudou a espada com um famoso mestre da época, Toda Seigen, do Chujo Ryu e com Kanemaki Jisai, seu discípulo. Jisai foi o mestre do famoso Itto Itosai, fundador do Itto Ryu, um dos estilos mais importantes da época. Na época do duelo, Kojiro era instrutor de Hosokawa Tadaoki, um importante senhor feudal. Musashi Sensei conseguiu permissão para duelar com Kojiro através de Nagaoka Sado, um antigo amigo de sua família que era conselheiro do senhor Hosokawa.

O duelo aconteceu na ilha de Funajima. A estratégia de Musashi Sensei para esse duelo foi deixar o oponente esperando. Duas horas depois do combinado para o duelo, ele partiu em um bote. Musashi Sensei sabia que Kojiro utilizava uma espada extralonga e fazia uso da distância que conseguia impor com essa arma. Para anular essa vantagem, Musashi Sensei fez uma longa espada de madeira utilizando um remo quebrado. O embate foi rápido porém intenso. Ambos atacaram simultaneamente. O golpe de Musashi Sensei sobre o crânio de Kojiro com a pesada espada-remo foi certeiro. Conta-se que o golpe de Kojiro chegou a cortar o lenço que Musashi Sensei usava amarrado na cabeça e fez um corte superficial em sua testa. Mesmo após cair, Kojiro tentou ainda um segundo golpe, visando as pernas de Musashi Sensei, que saltou para evitar o golpe e acertou Kojiro com força nas costelas, matando então seu oponente.
Assim, segundo relatos, se deu o possível duelo mais célebre entre samurais.
Nesta época, Musashi Sensei estava se aproximando da idade de 30 anos. O duelo contra Kojiro teve um grande efeito sobre Musashi Sensei. Conforme contou em sua obra, o Livro dos Cinco Anéis (Gorin No Sho), refletiu sobre as vitórias que alcançara até então, mas não conseguiu descobrir por que vencera tantos duelos. Teria sido sua aptidão física? Ou a falta de preparo de seus adversários? Ou talvez a vontade divina?
Foi essa reflexão que influenciou o restante da vida de Musashi Sensei. Dedicou-se, então, em deixar para as gerações futuras seu legado por meio de seu estilo, que chamou de Niten Ichi Ryu. Foi a partir desta época que entrou em contato também com outras manifestações artísticas, como pintura, escultura, poesia e até mesmo arquitetura.

Amadurecimento

Em 1621, Musashi Sensei teve um duelo famoso, não pelo renome do oponente,
Auto-retrato de Musashi Sensei mostrando postura com duas espadasmas por este ser o primeiro registro oficial de um duelo em que utilizou a técnica de duas espadas que até hoje caracteriza o Hyoho Niten Ichi Ryu. Miyaki Gunbei seu oponente, atacou Musashi Sensei repetidas vezes, tendo sua espada bloqueada a cada ataque. Deseperado, Gunbei desferiu uma estocada, que foi bloqueada pela espada curta de Musashi Sensei, ao mesmo tempo que a espada longa desferia um ataque ao rosto de Gunbei. Reconhecendo a derrota, Gunbei pediu desculpas por ter desafiado Musashi Sensei e pediu para se tornar seu discípulo.
Musashi Sensei nunca se casou, mas adotou dois filhos, Mikinosuke e Iori. Ambos se tornaram vassalos de importantes senhores feudais.

Musashi sensei não era visto como um simples ronin. Era considerado um mestre no Caminho e uma pessoa de grande sensibilidade e sabedoria, um conselheiro a ser escutado e um mestre a ser seguido. Era convidado freqüentemente para ficar em importantes feudos e tinha em seu círculo interno importantes personalidades, como o monge Takuan Soho (conselheiro do Shogun Tokugawa), Honami Koetsu (importante artista do movimento chamado "renascença de Kyoto") e dos senhores feudais Ogasawara Tadazane e Hosokawa Tadatoshi. Com este último em especial, Musashi Sensei desenvolveu uma amizade muito profunda. Musashi Sensei conta no Livro dos Cinco Anéis que aos 50 anos finalmente alcançou a compreensão total da estratégia. O nível de profundidade alcançado no Caminho foi tão profundo que, conforme suas palavras, foi capaz de perceber o Caminho em tudo. Podemos constatar isto vendo as obras de arte que deixou. Algumas de suas obras de pintura, escultura e caligrafia chegaram até nossos dias. Ao alcançar a perfeição técnica na espada, alcançou também a perfeição nesses Caminhos.

Os últimos anos do grande mestre

O maior legado que deixou para as futuras gerações foi seu estilo, o Hyoho Niten Ichi Ryu, resultado de sua experiência no combate e profunda percepção da vida que conseguiu. Em nossa linhagem, o estilo é praticado da mesma maneira de Musashi Sensei idealizou. A gruta de ReigandoMusashi Sensei passou seus últimos anos em Kumamoto, como hóspede de seu amigo, Hosokawa Tadatoshi. A pedido deste, deixou registrado seu estilo e seu modo de pensar na obra “35 artigos na arte do kenjutsu”. Em Kumamoto ensinou o Hyoho Niten Ichi Ryu para seus discípulos e se dedicou ao estudo do budismo, à meditação e ao desenvolvimento artístico.
No final de sua vida Musashi Sensei se isolou na caverna de Reigando, onde se dedicou à meditação e à prática ininterrupta de seu estilo. Lá escreveu O livro Dos Cinco Anéis, deixando os ensinamentos de seu estilo ao discípulo Terao Magonojo.Musashi Sensei faleceu no dia 19 dia de maio de 1645. A seu pedido foi enterrado com a armadura completa na vila de Yuji, próximo à montanha de Iwato. Conta-se que durante seu funeral um forte trovão se fez ouvir dos céus, como se estes dessem as boas-vindas ao poderoso guerreiro.


O Estilo de Musashi Sensei

Hoje, doze gerações de discípulos depois, o Niten Ichi Ryu continua sendo praticado da mesma forma que Musashi Sensei desenvolveu. No Instituto Niten praticamos o estilo sob a supervisão do Sensei Jorge Kishikawa, Menkyo Kaiden. O Sensei Jorge Kishikawa é discípulo direto do Shihan Gosho Motoharu, 9° Soke Daiken e do Sensei Yoshimochi Kiyoshi, 12° sucessor de Miyamoto Musashi.
Treinar o Niten Ichi Ryu é a oportunidade que todos nós temos de entrar em contato direto com os ensinamentos de Musashi Sensei. É uma viagem no tempo, para buscar diretamente compreensão de seus métodos e de sua estratégia para vencer. Conforme Musashi Sensei escreveu em O Livro dos Cinco Anéis: "o Caminho se resume em treinar para compreender a Verdade por trás das coisas. As portas estão abertas (...)"

Fonte: Instituto Niten http://www.niten.org.br/

quarta-feira, 9 de março de 2011

Vamos rodar! A História da Harley-Davidson e da lendária Route 66

A Harley comecou com uma ideia de dois malucos em 1901, em Milwaukee, nos Estados Unidos. Um tinha 20 anos e outro 21. Ambos amigos de infancia. Ambos eram desenhistas de pecas para carros em uma empresa. Se juntaram a outros 2 HarleyBrothers q eram mecanicos dos fudidos e montaram a primeira harley-Davidson numa garagem escura. O carburador era feito de uma lata de molho de tomate (abencoado seja). O motor foi acoplado a uma bike e na subida tinha q pedalar senao nao subia nem com reza brava. Como a producao estava prometendo, construiram um barraco de 4X5 mts no quintal da casa do cara. Na porta do barraco pintaram "Harley-Davidson Motor Co.", e entao nasceu a lenda.
Em 1903, produziram 3 motocicletas. A primeira foi vendida pra um maluco q andou 6.000 milhas, q vendeu pra outro q andou 15.000 milhas, e q vendeu pra outros 3 mais doidos q juntos andaram 62.000 milhas. (sinal q era um tesao). Nesse mesmo ano a Harley-Davidson foi anunciada como a unica moto a cobrir mais de 100.000 milhas e continuar rodando com pecas originais (num é brinquedo nao!).
Apos 4 anos a producao aumentou pra 50 motocicletas, assim como o galpao e o numero de funcionarios, e o bolso dos caras tbem ja tava ficando cheio de doletas ($$$$). No mesmo ano a producao triplicou! Ate 1913 as motos so pegavam no tranco ou entao na pedalada, dai inventaram o pedal de partida. Em 1914 a Harley-Davidson comecou a apoiar corredores independentes e conquistou N titulos. Em 1917 os EUA entraram na Primeira Guerra Mundial e a Harley-Davidson fez a sua parte e comecou so a produzir motos para serem usadas na Guerra.
Durante este periodo, com a producao de motocicletas para civis suspensa na Inglaterra, os motociclistas que nao estavam no combate foram obrigados a olhar para motos de fora, fazendo com que a fama da Harley aumentasse ainda mais. Antes do fim da guerra, mais de 20.000 motos foram despachadas para a Europa. Ate a guerra, todas as motos fabricadas eram da cor cinza. Durante e apos a guerra passaram a ser da cor verde. Em 1921 a Harley foi a primeira moto a ganhar uma corrida com a grande velocidade de 100 milhas por hora. Em 1926, surge o tanque em forma de gota, que virou marca registrada da companhia. Porem tambem em 1929, a industria de motocicletas e a industria automobilistica passaram por uma crise devido a falta de dinheiro para adquirir um transporte individual. Muitas fabricas fecharam. Nesta epoca, as motocicletas tornaram-se objeto de recreacao. A Harley - Davidson, assim como as outras, tambem foi atingida, fazendo com que a producao baixasse de 32.000 motos por ano para 6.000 ate 1933. Com o fim da crise em 1933, a Harley, para atrair compradores, começou a pintar as motos em varias cores diferentes e colar decalques. Com esse tipo de inovacao, nasceu o estilo
Harley-Davidson, nao so de possuir sua motocicleta com caracteristicas proprias, mas tbem de usar roupas de couro negras, de ouvir um rock (heavy tbem) e de ser livre.. Assim, foram surgindo os acessorios, que hoje fazem parte da historia da Harley. 1956 foi o ano em que o Rock n' Roll tomou conta dos EUA. Em maio deste ano, a revista "The Enthusiast", publicou um artigo entitulado "Quem eh Elvis Presley?", o jovem cantor de Memphis que apareceu na revista com sua motocicleta favorita, uma Harley - Davidson. A partir dai a Harley e o Rock'n Roll nunca mais se separaram. Nos anos 70 o sucesso da Harley nas estradas era tao grande quanto nas pistas. Ja era fabricada tbem na Italia.Dai pra frente foi se superando cada vez mais e mais, com o motor e o design cada vez mais inacreditaveis e supreendentes. E eh isso ae....depois me perguntam pq eu uso o nick HarleyWoman. Resumindo...... a Harley-Davidson Motor Company deixou sua marca na historia e acima de tudo, a companhia provou para quem quiser ver que a aventura ainda esta longe de morrer.
Fontes: http://harleyhistory.blogspot.com/ Obrigado pela essa excelente matéria!
http://www.harley-davidson.com/



Route 66, na sua designação oficial, é um dos ícones do motociclismo e sendo a estrada mais desejada para uma viagem sobre duas rodas no mundo. Também conhecida como “Will Rogers Highway”, “Main Street of America” ou ainda “Mother Road”, a Rota 66 era uma estrada do Sistema Rodoviário dos Estados Unidos e foi aberta ao tráfego em 11 de Novembro de 1926 (84 anos) A famosa rota inicia em Chicago e vai até Los Angeles, cruzando os estados de Illinois, Missouri, Kansas, Oklahoma, Texas, New Mexico, Arizona e Califórnia, num total de 3.945 km.
A Rota 66 sofreu melhoramentos e correções de trecho ao longo de sua vida útil, alterando o seu rumo e o comprimento total. Muitos das alterações proporcionaram trechos mais rápidos e mais seguros ou contornaram trechos congestionados, próximos de grandes centros urbanos. Uma dessas alterações moveu o extremo ocidental da rodovia, originalmente no centro de Los Angeles, mais para o oeste, na cidade de Santa Monica.
A Rota 66 foi o caminho mais usado nas migrações internas, especialmente durante os anos 1930 e foi economicamente muito importante para as comunidades localizadas ao longo de sua extensão. Os comerciantes situados à beira da Rota 66 viram muita prosperidade, devido à fama alcançada pela rodovia. Estas mesmas pessoas lutaram, mais tarde, por manter a rodovia aberta, mesmo depois da implantação do Sistema de Rodovias Federais (Interstate Highway System). A Rota 66 foi oficialmente retirada do Sistema de Rodovias Americanas em 27 de Junho de 1985, quando se decidiu que não era mais uma estrada relevante e tinha sido substituída pelas rodovias interestaduais.
A visão do deserto na 66, dá impressão que
você esta num filme hollywodiano
Alguns trechos da Rota 66 que passam pelos estados de Illinois, Missouri, New México e Arizona foram designadas “Trechos Pitorescos Nacionais”, com a designação “Histórica Rota 66”, voltando a figurar nos mapas rodoviários. Alguns trechos na Califórnia são designados como Rodovia Estadual 66 e outros mantém a sinalização como “Histórica Rota 66”. O princípio da construção da Rota 66 remonta a 1857, levou 69 anos pra ser construida (aberta em 1926) quando o Tenente Edward F. Beale, da Marinha dos Estados Unidos e prestando serviços no Corpo de Topógragos do Exército, recebeu a missão de construir uma rota para carroças ao longo do Paralelo 35. Sua segunda missão era testar a possibilidade do uso de camelos como animal de carga, nas áreas desérticas do sudoeste americano.
A estrada foi construída em pequenos trechos interligados e tinham denominações diferentes em cada estado por onde passava. Os empresários Cyrus Avery, de Tulsa, Oklahoma e John Woodruff, de Springfield, Missouri, são considerados os pioneiros na criação de uma ligação viária interestadual entre Chicago e Los Angeles.
Seus esforços de muitos anos só foram considerados na primeira legislação federal sobre rodovias, em 1916. Porém, sómente com a Lei do Congresso de 1925, o Governo instituiu um plano nacional de rodovias. A designação oficial como Rota 66, foi efetivada no verão de 1926. Os técnicos do governo planejaram a Rota 66 como a rua principal de pequenas comunidades rurais e urbanas, ao longo de seu caminho, por uma razão prática: muitas dessas comunidades não tinham acesso a qualquer tipo de rodovia, naquela época. Springfield, Missouri é oficialmente reconhecida como o local de nascimento da Rota 66 e foi ali que as autoridades propuseram, em Abril de 1926, o nome para a rodovia ligando Chicago a Los Angeles. Uma placa comemorativa está colocada na Park Central Square, no centro de Springfield.
O volume de tráfego cresceu consideravelmente na rodovia por razões geográficas. A maior parte da rodovia está construída em terreno plano, o que era um atrativo para os caminhões. Com a grande migração interna de 1930, milhares de famílias dos estados de Oklahoma, Arkansas, Kansas e Texas mudaram-se para a Califórnia à procura de emprego na agricultura, tornando a Rota 66 ainda mais popular.
A Rota passava por numerosas vilas e povoados e o crescente volume de tráfego criou as condições para que pequenos negócios familiares, tais como postos de gasolina, restaurantes, pequenos hotéis e pousadas fossem construídos, prontos para receber os viajantes. A Rota 66 foi a primeira rodovia americana a ser totalmente pavimentada, trabalho concluído em 1938.
Seu traçado original tinha muitos pontos perigosos e ela chegou a ser chamada de Sangrenta 66 (Bloody 66), mas trabalhos de realinhamento e de correções de trechos foram sendo executados, eliminando as curvas fatais. Durante a Segunda Guerra Mundial a Rota 66 já era famosa e recebeu ainda mais tráfego, em função do trânsito gerado pelo esforço de guerra, que movia material bélico para a Califórnia, onde era embarcado para suprir as tropas que lutavam no Pacífico.
Nos anos 1950, a Rota 66 tornou-se a rodovia preferida dos turistas que demandavam a costa oeste dos Estados Unidos. Ao longo da Rota 66 vários novos negócios foram “inventados”, incluindo os motéis (originalmente chamados de “motor hotel”) e os restaurantes de comida rápida (fast-food). O primeiro “drive-in” (Red’s Giant Hamburgers), foi aberto em Springfield, Missouri e o primeiro McDonald’s em San Bernardino, Califórnia. Em 1956 o Presidente Eisenhower aprovou a lei que criou o Sistema de Rodovias Interestaduais (Interstate Highway System), planejado como infraestrutura logística, resultado da experiência militar durante o conflito mundial.
Partes da Route 66 já estão sendo apagadas
pelo tempo.
A Rota 66 foi sendo modificada, com suas faixas de rolamento duplicadas, triplicadas e quadruplicadas nas áreas de maior densidade de tráfego. Ao mesmo tempo, anéis viários foram construídos, contornando a maioria das cidades ao longo da rodovia. Muitos dos trechos duplicados da Rota 66 foram transformados em “freeways”, com acesso limitado, proporcionando mais segurança. A construção das rodovias federais interestaduais (“Intestate Highway”) fragmentou a Rota 66 e, em 1984, o último trecho ainda intocado, no estado do Arizona, foi modificado com a criação da Interstate 40. No ano seguinte a Rota 66 deixou de existir oficialmente e nenhuma rodovia recebeu a numeração 66, em sua substituição. Hoje, o que era originalmente a Rota 66 foi substituída por várias rodovias interestaduais.
O primeiro trecho de 477 km, entre entre Chicago e St.Louis, é agora a Interstate 55 (I-55). A partir daí, a I-44 continua a rota até Oklahoma City, por 797 km. Depois, a I-40 assume o maior trecho, seguindo até Bastow, Califórnia (1.950 km). A rodovia I-15 assume o trecho de 110 km até San Bernardino e a I-10 leva o tráfego até a região metropolitana de Los Angeles e Santa Monica, no litoral, pelos restantes 125 km.
De Chicago a Santa Monica, hoje, são 3.459 km, contra os 3.945 km originais da Rota 66. Desde a sua desativação como estrada oficialmente reconhecida, em meados dos anos 1980, vários grupos tem se formado e trabalhado contínuamente para preservar a a rota e sua herança cultural e histórica. Muitos trechos da Rota 66, que não foram tranformados em rodovia interstadual, continuaram a existir como estradas municipais ou até como estradas privativas. Outros trechos, porém, foram simplesmente abandonados. O primeiro grupo formado com a intenção de preservar a Rota 66 foi fundado no Arizona em 1987, seguido de outro no Missouri em 1989. Outros grupos, em outros estados cobertos pela Rota 66, foram criados nos anos seguintes. Em 1990 o Estado do Missouri declarou a Rota 66 como uma “Rota Histórica Estadual” e o primeiro emblema “Historic Route 66” foi colocado na Rua Kearney, esquina da Avenida Glenstone, em Springfield.
Hoje, emblemas como este são encontrados ao longo de 3.860 km da antiga Rota 66. Várias cidades homenageam a velha estrada, em vários estados. Nas cidades de Rancho Cucamonga, Rialto e San Bernardino, na Califórnia, sinais com o emblema da Rota 66 foram colocados ao longo do Boulevard Foothill. O mesmo é encontrado nas cidades de Pasadena, San Dimas, LaVerne e Claremont, ao longo do mesmo boulevard. Em Flagstaff, Arizona, a Avenida Santa Fé foi rebatizada de Route 66.
O Chicado Blues Festival, realizado anualmente em Junho em Grant Park, Illinois, acontece num trecho da Rota 66 original, que é fechada ao tráfego de veículos durante a festa. Em 1999 uma lei foi assinada pelo Pres. Bill Clinton, que concedeu fundos no total de US$ 10 milhões, para preservação e restauração de locais históricos na Rota 66. Em 2008, o Fundo Mundial de Monumentos - uma ONG destinada a preservação de monumentos históricos em todo o mundo - incluiu a Rota 66 na sua lista de Monumentos em Perigo.
Locais ao longo da antiga rota, tais como postos de gasolina, motéis, cafés e armazéns estão ameaçados pela especulação imobiliária, nas áreas urbanas, ou pelo declínio, nas áreas rurais. Com a popularidade e o misticismo involvendo a Rota 66 continuando a crescer, pressões junto aos orgãos governamentais dos Estados Unidos tem aumentado, no sentido de melhorar a sinalização histórica da rota e voltar a mostrá-la no mapas e atlas rodoviários americanos.

Matéria escrita por Volnei Marx para o jornal " A Semana" PR.
Fonte:http://www.adjorisc.com.br/




Os Santos-soldados! Os Templários, os Hospitalários e os Teutônicos

Ordem dos Templários


A Ordem dos Templários nasceu em 1118, na cidade de Jerusalém, por iniciativa Hugh de Payens mais oito cavaleiros, todos de origem francesa. A Ordem dos Templários, cujo nome completo era Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão, tornou-se, nos séculos seguintes, uma instituição de enorme poder político, militar e econômico. A sua divisa era: Non nobis, Domine, non nobis, sed nomini Tuo da gloriam, o que significa “Não a nós, Senhor, não a nós, dai a glória ao Vosso nome”. Inicialmente as suas funções limitavam-se aos territórios cristãos conquistados na Terra Santa durante o movimento das cruzadas, e visavam à proteção dos peregrinos que se deslocavam aos locais sagrados. Nas décadas seguintes, a Ordem se beneficiou de inúmeras doações de terra na Europa que lhe permitiram estabelecer uma rede de influências em todo o continente, o que mais tarde seria motivo para sua perdição...
Comprometeram-se a uma causa monástica e militar. Embora muitos cavaleiros, naqueles tempos, lutassem por dinheiro, terra ou poder, os Templários faziam votos de pobreza e de castidade. Sua missão era
principalmente a de proteger os peregrinos a caminho da Terra-Santa. O Rei Balduíno II cedeu-lhes como abrigo o estábulo ao lado da mesquita de Al-Aqsa como quartel general. Este local supõe-se que era o exato local do Templo do Rei Salomão.
Os cavaleiros tomaram o estilo de vida das ordens monásticas fundadas no tríplice preceito: voto de pobreza, voto de castidade e voto de obediência. E se auto-intitularam: Os Pobres cavaleiros de Cristo. Adotaram como símbolo dois cavaleiros em um só cavalo para mostrar sua pobreza – pois não tinham dinheiro para comprar um cavalo – e também seu companheirismo. Também adotaram o nome do local onde se estabeleceram ficando então nomeada a ordem como: Pauperes Commilitones Christi Templique Salomonis (Os pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão) mas ficaram conhecidos como: os Cavaleiros Templários. (algumas vezes chamados de : Cavaleiros de Cristo, Cavaleiros do Templo, Pobres Cavaleiros, Ordem do Templo, etc.)
Como toda Ordem Religiosa, a Regra dos Templários, criada por São Bento de Núrsia, também era baseada nos três pontos básicos das instituições religiosas da época, ou seja: castidade, pobreza e
obediência. Em geral eram originários de famílias abastadas. Mas só podia se tornar Cavaleiro propriamente dito o filho de um Nobre. Os cavaleiros tinham o direito de usar (não possuir) 3 cavalos, um escudeiro e duas tendas. Comparativamente, um cavaleiro bem montado e equipado, treinado e seguido pelo seu séqüito de escudeiros, tinha o poder equivalente a um tanque de Guerra Contemporâneo. 
Havia uma parte religiosa propriamente dita, com Padres, Capelães, Diáconos, Bispos. E por causa da bula "Omne datum optimum", também só prestavam obediência ao Grão-Mestre da Ordem e ao Papa.

Relíquias

Eram também os protetores das relíquias sagradas. As relíquias eram restos de pessoas ou coisas consideradas sagradas e capazes de realizar milagres. Uma relíquia popular naquele tempo era um pedaço de madeira da “Verdadeira Cruz” - a cruz em que Jesus foi crucificado. Outra era a cabeça de S. João Batista, que foi decapitado após ter sido enfeitiçado pela sedutora dança de Salomé. Os povos na idade
média tinham uma adoração desesperada por relíquias, que veneravam com admiração. Mas logicamente fraudes existiam. Um pândego da época disse que se e juntássemos todas as lascas de "cruzes de Cristo", haveria madeira suficiente para uma floresta inteira!
Os Templários tinham em sua posse ainda a coroa dos espinhos, tirada da cabeça de Cristo. Tiveram também o corpo da mártir Santa Eufémia de Chalcedon (julgava-se ter poderes de cura divinos), entre diversas outras relíquias.

A Ordem dos Hospitalários


A Ordem dos Hospitalários (ou Ordem de São João de Jerusalém) vem de uma tradição que começou como uma Ordem Beneditina fundada no século XI na Terra Santa, mas que rapidamente se tornaria uma Ordem militar cristã uma congregação de regra própria, encarregada de assistir e proteger os peregrinos àquela terra. Face às derrotas e conseqüente perda desse território, a Ordem passou a operar a partir da ilha de Rodes, onde era soberana, e mais tarde desde Malta, como estado vassalo do Reino da Sicília.
Poder-se-ia afirmar que a extinção desta ordem se deu com a sua expulsão de Malta por Napoleão. No entanto, os mesmos cavaleiros iriam instalar-se na ilha de Malta, doada por Carlos V do Sacro Império
Romano-Germânico, adotando a designação de “Ordem de Malta”.

A Ordem Teutônica


A Ordem Teutônica (Em Alemão: Deutscher Orden; Em Latim: Ordo Domus Sanctæ Mariæ Theutonicorum) foi uma ordem militar cruzada, vinculada à Igreja Católica por votos religiosos, formada no final do século XII em Acre, na Palestina. Usavam vestes brancas com uma cruz negra.
Após a derrota das forças cristãs no Oriente Médio, os cavaleiros mudaram-se para a Transilvânia em 1211, a convite do Rei André II da Hungria, mas foram expulsos em 1225. Transferiram-se então para o
norte da Polônia, onde criaram o Estado independente da Ordem Teutônica. A agressividade da Ordem ameaçava os países vizinhos, em especial o Reino da Polônia e o Grão-Ducado da Lituânia. Em 1410, na
Batalha de Grunwald (Tannenberg), um exército combinado polaco-lituano derrotou a Ordem e pôs fim a seu poderio militar. O poder da Ordem continuou a declinar até 1525, quando seu Grão-Mestre, Alberto de
Brandemburgo, converteu-se ao luteranismo e assumiu o título e os direitos de Duque hereditário da Prússia (embrião do Reino da Prússia, catalisador do futuro Império Alemão). O Grão-Mestrado foi então transferido para Mergentheim, de onde os Grão-Mestres continuavam a administrar as consideráveis posses da Ordem na Alemanha. Em 1809, quando Napoleão determinou a sua extinção, a Ordem perdeu as suas últimas propriedades seculares, mas logrou sobreviver até o presente. Atualmente, trabalha primordialmente com objetivos assistenciais. Reinald de Châtillon. Não era um Cavaleiro Templário, mas mantinha afinidades com a Ordem e frequentemente participava de ações contra os muçulmanos, por quem
nutria um ódio feroz e completamente irracional! Transformou-se no principal inimigo público dos muçulmanos e um homem marcado para a morte por Saladino a partir de duas atitudes vis que tomou contra aquele povo.
Em 1182 Châtillon concebe um plano ardiloso: invadir Meca e roubar o corpo do Profeta Maomé para cobrar tributo de peregrinos que desejassem visitá-lo em sua fortaleza de Kerak. Vencidos por tropas muçulmanas lideradas por Malik, irmão de Saladino, muitos foram feitos prisioneiros e outros escravizados.
Pouco tempo depois, liderou um ataque covarde a uma caravana muçulmana pacífica, desarmada, em peregrinação a Meca.
Tais episódios conduziram Saladino, líder dotado de elevado senso de honra e justiça a ver em Châtillon um criminoso ignominioso, sem honra ou senso de justiça, capaz das mas atrozes barbaridades movido por
puro ódio.
Quando já próximo da queda de Jerusalém, o sucessor de Balduíno IV, agora Rei de Jerusalém Guy de Lusignan, foi aprisionado com um grande contingente de cruzados e Saladino teve a oportunidade de retribuir por todo o mal feito pelo vilão: ofertou água de rosas com gelo trazido das montanhas ao rei de Jerusalém e este passou a taça a Châtillon. As rígidas regras de hospitalidade muçulmana ditavam que,
quem partilhasse da água, do pão ou do sal na mesma Tenda deveria ser poupado e alimentado. Repreendido, teve a taça tomada e Saladino ofereceu a ele a possibilidade de entregar-se ao Islã a fim de ser poupado. Châtillon, sempre arrogante, retrucou que era Saladino quem deveria entregar-se ao cristianismo a fim de evitar o fogo do inferno. A arrogância e intolerância de Châtillon foram superiores à cortesia do grande cavalheiro que era Saladino e este lhe decepou a cabeça com um só golpe de cimitarra.

O fim da ordens pela ambição de um principe e de um papa

1307 – A violenta ganância de Filipe de Valois (ou Felipe IV, O Belo), a subserviência abjeta de Clemente V e o Ataque insano aos Templários O monarca francês e seu papa marionete fizeram chegar ao conhecimento dos Grãos-Mestres do Templo e do Hospital que planejavam uma nova Cruzada contra os muçulmanos utilizando-se das forças conjuntas das duas Ordens Bélico-religiosas ainda em ação, devendo elas fundir-se numa nova Ordem sob o comando dos Hospitalários.
Convidados a Poitiers, nas imediações de Paris, Jacques de Molay, Grão-Mestre do Templo e Foulques de Villaret, Grão-Mestre dos Hospitalários, deveriam apresentar-se a 1º de novembro de 1306, Dia de
Todos os Santos. Jacques de Molay, de posse de um plano detalhado para uma nova cruzada e um arrazoado detalhado acerca da inconveniência da fusão entre as duas Ordens religiosas e militares, chegou ao encontro com vasta antecedência. Foulques de Villaret, atrasou-se à reunião, dela se retirando na primeira oportunidade. Jacques de Molay ficou sozinho: uma ovelha em meio a lobos, hienas e chacais...
Por volta do dia 20 de setembro de 1307 Filipe de Valois enviou cartas lacradas a todos os senescais do reino com ordens expressas de que somente fossem abertas na noite de quinta-feira 12 de outubro. O falecimento de Charles de Valois, irmão de Filipe, determinou uma viagem do Grão-Mestre Jacques de Molay que, sem nada desconfiar, ocupou lugar de destaque nas exéquias sendo mesmo um dos que carregaram o esquife do príncipe falecido no próprio dia 12 de outubro, véspera de sua captura...
Quando as cartas foram simultaneamente abertas, a ordem expressa do rei resumia-se em: “os Templários são acusados de graves heresias e crimes devendo ser todos aprisionados e postos a ferros na
madrugada de sexta-feira 13 de outubro de 1307”. Data daí a crença de que toda a sexta-feira 13 é um dia aziago.
Estarrecidos, os Templários pouco ou nada ofereceram em termos de resistência entregando-se aos soldados do Rei sem entender as acusações mas acreditando firmemente poder comprovar sua inocência.
Relata-se que, por mais que todo o procedimento tenha sido mantido em rigoroso sigilo, 3 carroças carregadas com o que provavelmente seria o tesouro dos Templários saíram do Templo em Paris
em direção a local incerto e jamais se soube o paradeiro daquele tesouro. Sabe-se que, em função de suas atividades de proteção a peregrinos em direção à Terra Santa, os Templários dispunham de uma grande frota de navios que, misteriosamente desapareceram das costas da França. Muito se especulou: teriam ido para a Escócia, aonde a influência de Filipe de Valois e Bertrand de Got não chegava? O que é ainda motivo de pesquisa é o paradeiro do Tesouro dos Templários e de seus navios misteriosamente desaparecidos.

Extração de confissões e execuções


Os calabouços eram locais extremamente úmidos, insalubres, desconfortáveis, criados para quebrar a vontade dos prisioneiros, acorrentados durante todo o tempo. A estas aflições acrescentou-se uma série de outras práticas comuns na França embora proibidas em outros países civilizados: a tortura sistemática. Contra os Templários aprisionados utilizavam-se a torquês (arrancava-se a panturrilha com uma torquês afiada e nela se despejava chumbo derretido), a Roda (esta era planejada para esticar tanto o corpo da vítima que muitos vieram a óbito), as surras e chibatadas e tormentos indescritíveis que somente cessavam diante da confissão do que o Rei e seu papa fantoche haviam estipulado. Os templários deveriam confessar, entre outras coisas absurdamente estapafúrdias que:
_ Praticavam sistematicamente a sodomia, o homossexualismo (heresia, prática antinatural e crime hediondo)
Baphomet
_ Adoravam uma cabeça mumificada ou um ídolo demoníaco cognominado de Baphomet.

_ Em seus rituais de Iniciação eram obrigados a renegar o Cristo e cuspir na Cruz.
O que mais causou espanto à opinião pública foi o fato de tantos homens pios, devotados a dedicar sua vida à causa de Cristo, em sua maioria originária de famílias nobres estivesse envolvida em tais práticas inverossímeis sem que em décadas ninguém emitisse qualquer palavra sobre tais heresias antes que fossem violentamente torturados.
Nos anos que se seguiram, a ordem foi sendo quebrada em vários países. Na Espanha e Portugal, continuou ativa na guerra contra os muçulmanos,  Foi fundada por D.Dinis de Portugal, a Ordem de Cristo, que era a
mesma coisa, mas com outro nome. Posteriormente já no século XV
Infante D.Henrique se torna Grão-Mestre da Ordem de Cristo e inicia as Grandes Navegações Portuguesas. Na Alemanha, os Templários desafiaram a todos para provar sua inocência. Na Inglaterra as torturas eram
legalmente proibidas. Embora tenha ocorrido uma única execução de um Cavaleiro Templário em solo inglês pela Santa Inquisição, jamais se ouviu de qualquer deles confissão alguma dos delitos que lhes eram imputados.
Na Escócia a bula Papal nunca foi lida e nenhuma prisão foi feita. Mais tarde seriam uma das influências de uma nova Ordem que surgiria junto as sociedades dos pedreiros-livres (os mesmos que construíram as
A execução de Jacques de Molay
catedrais góticas com base nos aprendizados da Construção do Templo de Salomão). Há fortíssimos indícios que, desta união entre os Templários e as Guildas de Pedreiros Medievais formaram a base do que viria a ser a Maçonaria. Naturalmente, com o passar dos anos, todos os que tinham justos motivos para ocultar-se dos rigores da Igreja juntaram-se aos Maçons (Rosacruzes, Alquimistas, Pitagóricos, Órficos, Astrólogos, Cabalistas...)
De 1307 a 1314 o Grão-Mestre Jacques de Molay além de preceptores da Ordem como Hugo de Piraud e Godofredo de Charney permaneceram encarcerados e submetidos às mais hediondas formas de tortura.
Jacques de Molay contava 70 anos de idade quando, a 18 de março de 1314 foi amarrado a uma estaca numa ilha remota do rio Sena em companhia de seus companheiros de cela. Protestando inocência até o
último momento, as últimas palavras do último Grão-Mestre do Templo ainda ecoam através do tempo:

"Senhor, Permiti-nos refletir sobre os tormentos que a iniqüidade e a crueldade nos fazem suportar. Perdoai, ó meu Deus, as calúnias que trouxeram a destruição à Ordem da qual Vossa Providência me estabeleceu chefe. Permiti que um dia o mundo, esclarecido, conheça melhor os que se esforçam em viver para Vós. Nós esperamos, da Vossa Bondade, a recompensa dos tormentos e da morte que sofremos para gozar da Vossa Divina Presença nas moradas bem-aventuradas. Vós, que nos vedes prontos a perecer nas chamas, vós julgareis nossa inocência. Intimo o papa Clemente V em quarenta dias e Felipe o Belo em um ano, a comparecerem diante do legítimo e terrível trono de Deus para prestarem conta do sangue que injusta e cruelmente derramaram."

Seja como for, Bertrand de Got (Clemente V) efetivamente faleceu 40 dias depois da Intimação do Grão-Mestre e Filipe de Valois (“O Belo”) em um ano também morreu, causando grande impressão a todos quantos testemunharam as palavras finais do Grão-Mestre do Templo.
Relembremos que a época era cultuadora de relíquias e que os assistentes da execução colheram restos mortais dos mártires executados usando-as como autênticas relíquias...

O Julgamento da História


De tudo o que aconteceu nos eventos daquele tempo sombrio fica clara a crueldade de Filipe de Valois, que não se detinha diante de nada para levar a cabo seus intentos maliciosos. O uso sistemático da tortura priva o ser humano da Razão e, tal como ficou provado durante os períodos de tortura por que a humanidade tem passado (do Império Romano à Ditadura Militar Brasileira) o supliciado confessa o que quer que o torturador queira ouvir ou implante em sua mente.
Diante da legislação internacional o uso da tortura para obtenção de confissões não é admissível: o supliciado confessa qualquer coisa que o torturador queira ouvir!
Havendo sobreviventes dos Templários e de seus pensamentos e ensinamentos em vários pontos do mundo aonde não chegava a autoridade de Filipe de Valois ou de Bertrand de Got encontram-se seres humanos honrados, nobres, cavalheirescos e, como já se enfatizou mais de uma vez, um dos mais poderosos pilares de sustentação ou mesmo formação da Maçonaria como a conhecemos hoje. O nome do último Grão-Mestre dos Templários, Jacques de Molay, é hoje lembrado com carinho e respeito por jovens de todo o
mundo na Ordem que recebeu o seu nome, suprema justiça histórica!